Morreu o encenador Eduardo Freitas que integrava a atual Direção do FITEI

08 Jun

O encenador Eduardo Freitas nasceu no Porto a 15 de Novembro de 1944, e desde muito jovem esteve ligado ao associativismo, à literatura e ao teatro.
Aos dezasseis anos escreveu a sua primeira peça de teatro, "Dia lnvulgar" que também encenou. Ingressou na Escola do TEP e participou em espetáculos dirigidos por João Guedes e Carlos Avilez. Paralelamente foi diretor do jornal "Elo" e da revista "Estrutura" da Unicep.
Ainda estudante encenou a peça "Sol na Floresta" de Romeu Correia, que estreou no Teatro S. João do Porto. Participou na criação do Grupo de Amadores de Teatro Presença e aí encenou "Belchior" de Jaime Gralheiro, "A Sereia de Prata, do brasileiro Walmir Ayala e "A Visita de Sua Excelência" de Luiz Francisco Rebello, trabalhos que venceram todos os Festivais de Teatro em que participaram.
Convidado pelos Plebeus Avintenses encenou com assinalável sucesso "A Traição do Padre Martinho", de Bernardo Santareno, peça escolhida para a homenagem póstuma prestada àquele dramaturgo no Teatro Rosa Damasceno em Santarém. Esta peça manteve-se em cena durante cerca de cinco anos, período em que Eduardo Freitas ainda encenou com o mesmo grupo "A Ilha do Rei Sono" de Norberto Avila e "RTX 78-24" de António Gedeão.
De diretor amador foi convidado a assumir o cargo de Diretor Artístico do TEPorto numa altura em que não existiam sequer instalações. Mesmo assim aceitou o desafio e encenou "UBU" de Alfred Jarry e "O Fio" de Prista Monteiro. No Grupo Mérito Dramático Avintense encenou "Pigmalião" de Bemard Shaw. Com a Associação Ilha Mágica, encenou "O Rei Lambão" de José Vaz e com o Grupo"Cruzamentos" adaptou ao teatro e encenou o Conto de Eça de Queirós "Singularidades de uma Rapariga Loura". Em 2001 encenou "Deus" de Woody Allen com o Grupo de Teatro Flor de Infesta. É autor da peça de Teatro "Praia Ocidentalar".
Em Fevereiro do ano passado apresentou “A Noite”, de José Saramago, nos Plebeus. Terá sido a sua última encenação, já que nessa data assumiu o cargo de diretor artístico do FITEI que assegurou até ao fim do festival de 2014.
O engenheiro Eduardo Freitas tinha 70 anos e faleceu em casa, no passado sábado, dia 6, vítima de doença prolongada.
O seu funeral realiza-se amanhã, dia 09, no Crematório de Sendim, em Matosinhos, às 16h00.

EDITORIA FITEI