Memória e pós-memória marcam segunda semana do FITEI
05 Jun
Evocar, reconstruir, narrar. Experiências vividas na primeira pessoa. Ou experiências vividas por terceiros, porém evocadas, reconstruídas e narradas pelos seus descendentes. A segunda semana do FITEI 2017 vai deambular em torno dos conceitos de memória e pós-memória, apresentando espetáculos cujos processos criativos assentaram numa arqueologia de lembranças - do que se viveu ou do que outros viveram para que, mais tarde, alguém contasse a sua história.
Lola Arias e os seus veteranos da Guerra das Malvinas vão desembarcar no Porto para apresentar Campo Minado. Três argentinos, dois ingleses e um nepalês do contingente gurcas, que apoiava os ingleses, reconstroem em palco, 35 anos depois, memórias de uma guerra e falam do seu legado de destruição. A Guerra das Malvinas durou 74 dias. Os ensaios de Campo Minado mais do que isso. O resultado final pode ver-se nos dias 8 e 9 de junho no TECA.
Já Joana Craveiro (Teatro do Vestido) envereda pela pós-memória e leva ao Campo Alegre, nos dias 9 e 10 de junho em estreia nacional, um espetáculo construído a partir dos relatos de filhos de retornados do processo de descolonização portuguesa. Filhos do Retorno questiona até que ponto a nostalgia é uma herança geracional ou se as lembranças ganham contornos secretos e deixam espaço para que a geração seguinte (re)crie uma história que (também) é sua.
Numa abordagem mais clássica do tema da memória, a companhia Lendias de Encantar apresenta o espetáculo No Limite da Dor no Mosteiro São Bento da Vitória, no dia 7 de junho. Um mergulho na ditadura Salazarista onde as histórias de dois homens e de duas mulheres se entrelaçam, tendo a PIDE em pano de fundo. A partir do livro homónimo de Ana Aranha e Carlos Ademar, com encenação do cubano Julio Céar Ramirez.
Entre os outros espetáculos desta semana da secção FITEI Seleção 40 encontram-se Solange_Uma Conversa de Cabeleireiro, Calypso, os espetáculos de rua Tempestade Instalação, Todo lo que está a mi lado e E-nxada, para além de Macbeth, cujas apresentações atravessam todo o período festival.
Lola Arias e os seus veteranos da Guerra das Malvinas vão desembarcar no Porto para apresentar Campo Minado. Três argentinos, dois ingleses e um nepalês do contingente gurcas, que apoiava os ingleses, reconstroem em palco, 35 anos depois, memórias de uma guerra e falam do seu legado de destruição. A Guerra das Malvinas durou 74 dias. Os ensaios de Campo Minado mais do que isso. O resultado final pode ver-se nos dias 8 e 9 de junho no TECA.
Já Joana Craveiro (Teatro do Vestido) envereda pela pós-memória e leva ao Campo Alegre, nos dias 9 e 10 de junho em estreia nacional, um espetáculo construído a partir dos relatos de filhos de retornados do processo de descolonização portuguesa. Filhos do Retorno questiona até que ponto a nostalgia é uma herança geracional ou se as lembranças ganham contornos secretos e deixam espaço para que a geração seguinte (re)crie uma história que (também) é sua.
Numa abordagem mais clássica do tema da memória, a companhia Lendias de Encantar apresenta o espetáculo No Limite da Dor no Mosteiro São Bento da Vitória, no dia 7 de junho. Um mergulho na ditadura Salazarista onde as histórias de dois homens e de duas mulheres se entrelaçam, tendo a PIDE em pano de fundo. A partir do livro homónimo de Ana Aranha e Carlos Ademar, com encenação do cubano Julio Céar Ramirez.
Entre os outros espetáculos desta semana da secção FITEI Seleção 40 encontram-se Solange_Uma Conversa de Cabeleireiro, Calypso, os espetáculos de rua Tempestade Instalação, Todo lo que está a mi lado e E-nxada, para além de Macbeth, cujas apresentações atravessam todo o período festival.